| 2 dezembro, 2019 - 12:08

Procurador de MG que chamou salário de R$ 24 mil de ‘miserê’, recebeu R$ 124 mil nos dois meses seguintes

 

O valor a mais veio por conta de indenizações e remunerações retroativas. Azeredo tirou licença médica em setembro, retornando no dia 7 de novembro.

O procurador de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais Leonardo Azeredo dos Santos, que se se envolveu em uma polêmica ao julgar como ‘miserê‘ seu salário de R$ 24 mil, recebeu bem mais do que isso em agosto e setembro. Ele foi beneficiado com R$ 124 mil nos dois meses.

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O valor a mais veio por conta de indenizações e remunerações retroativas. Azeredo tirou licença médica em setembro, retornando no dia 7 de novembro. 

Em agosto, o procurador recebeu um salário de R$ 35.462,22. Porém, com as indenizações, o provento foi a R$ 76.794,29.

Em setembro, o holerite, com os complementos, foi a R$ 47.235,56. Somados os dois meses, Azeredo recebeu R$ 124.029,85.

Relembre a polêmica

Durante uma sessão da Câmara de Procuradores do Ministério Público de Minas Gerais em agosto, o procurador Leonardo Azeredo dos Santos deu uma declaração inusitada. Enquanto discutiam o orçamento proposto para 2020, ele disse: “O senhor me desculpe o desabafo, eu estou fazendo a minha parte. Eu estou deixando de gastar R$ 20 mil de cartão de crédito e estou passando a gastar R$ 8 [mil], para poder viver com os meus R$ 24 mil”.

“Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil? O que é que de fato vamos fazer para melhorar a nossa remuneração? Eu, de qualquer forma, já estou baixando meu padrão de vida bruscamente.”

O procurador seguiu desabafando. “Eu quero saber se nós, ano que vem, vamos continuar nessa situação, ou se Vossa Excelência já planeja alguma coisa dentro da sua criatividade para melhorar a nossa situação, ou se nós vamos ficar nesse miserê aí, ainda sob ameaça de não termos aumento“, questionou, à época.

Por meio de nota, o MPMG classificou a manifestação do procurador como sendo de “cunho pessoal”. 

As informações sobre o salário do procurador foram obtidas no Portal Transparência do Ministério Público de Minas.


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