| 4 abril, 2025 - 11:00

VÍDEO: Dino diz que “crime organizado não está nos morros” e é aplaudido no STF

 

Durante a sessão do STF realizada nesta quinta-feira, 3, que julgou a “ADPF das Favelas” – ação que questiona a letalidade policial no Estado do Rio de Janeiro -, ministro Flávio Dino foi aplaudido pelos presentes no plenário ao afirmar que o epicentro da criminalidade não se encontra nas “favelas e morros”, mas sim “no

Durante a sessão do STF realizada nesta quinta-feira, 3, que julgou a “ADPF das Favelas” – ação que questiona a letalidade policial no Estado do Rio de Janeiro -, ministro Flávio Dino foi aplaudido pelos presentes no plenário ao afirmar que o epicentro da criminalidade não se encontra nas “favelas e morros”, mas sim “no asfalto”.

Ao comentar investigações em curso relacionadas ao financiamento do crime e atuação das milícias, Dino destacou distorções na percepção pública a respeito do tema.

“[…] nessas distorções de percepção quanto ao crime organizado, a ideia é que isso se concentra nas áreas populares do Rio de Janeiro e não é verdade. O que tem de principal no crime organizado no Rio de Janeiro não está nos bairros populares, não está nos morros nem nas periferias, na verdade, está no asfalto.”

Segundo o ministro, os centros de decisão e de movimentação financeira do crime estão no asfalto – expressão que remete às regiões urbanizadas da cidade, fora das favelas.

Dino sustentou que essas áreas concentram tanto o financiamento das atividades criminosas quanto a lavagem de dinheiro.

S. Exa. também endossou a atuação do inquérito que investiga essas estruturas, destacando que o combate ao crime precisa de inteligência e método.

“Esse inquérito vai na direção correta, que não é dar tiros a esmo. Segurança pública não é dar tiros aleatoriamente. Quando tiver que dar tiro, eventualmente, fazê-lo com ciência e método, como a tese preconiza, o uso da força legítima do Estado.”

Em outro ponto da fala, Dino reafirmou que a segurança pública não pode ser conduzida nem contra nem apenas com a polícia.

“É absolutamente necessário ser afirmado, porque às vezes também há esse outro extremismo, que acha que se faz segurança pública contra a polícia, e é impossível. Por outro lado, não se faz segurança pública só com polícia”, afirmou.

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