A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal aceitou nesta terça-feira (18/6) denúncia contra o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Eles são acusados de planejar e ordenar a morte da vereadora Marielle Franco.
Os irmãos Brazão são agora réus por homicídio qualificado e organização criminosa. Já Rivaldo é réu por homicídio qualificado. Além de Marielle, os três também serão julgados pela morte do motorista Anderson Gomes, que acompanhava a vereadora no dia do crime, e por tentativa de homicídio, uma vez que a assessora Fernanda Gonçalves Chaves também estava presente e ficou ferida.
Passados seis anos do assassinato de Marielle e Anderson, as investigações tiveram avanço após o ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou a execução do crime, ter fechado um acordo de delação premiada.
Lessa e Élcio Queiroz, também ex-PM, respondem pela execução do crime. Ambos firmaram acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, homologado pelo ministro Alexandre de Moraes.
A denúncia foi apresentada em maio, no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal. Os acusados estão presos desde o dia 24 de março, por ordem de Moraes. Eles negam participação no crime.
Marielle e Anderson foram assassinados em 14 de março de 2018, na rua Estácio, na zona norte do Rio de Janeiro. Foram sete disparos enquanto a vereadora voltava de um evento do Psol.
Além dos irmãos Brazão e Rivaldo, se tornaram réus o policial militar Ronald Paulo Alves Pereira, apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na zona oeste do Rio, e o ex-assessor Robson Calixto, que trabalhou no gabinete de Domingos Brazão.
Ronald foi acusado de homicídio, e Robson de organização criminosa. Ronald teria monitorado Marielle e Robson teria ligação com milícia envolvida em grilagem.
Conjur