Um magistrado da comarca de Itaituba, localizada no oeste do Pará, enfrentando uma sobrecarga de trabalho que resultou em exaustão física e mental, optou por iniciar um tratamento psicológico para evitar um colapso. O juiz, que se diz sem assistência de servidores e sem apoio do Tribunal de Justiça local, descreveu sua situação como uma “luta inglória” para administrar um acervo de aproximadamente 2 mil processos do Juizado Especial Cível e Criminal.
Ele expõe que está quase sozinho na tarefa de analisar liminares, conduzir audiências, gerir outras duas varas e ainda elaborar sentenças. Essa realidade foi compartilhada pelo juiz Rafael Alvarenga Pantoja com o corregedor-geral do TJ/PA, desembargador José Roberto Bezerra Júnior, após ter recebido uma denúncia de um cidadão sobre a demora excessiva no andamento dos processos.
O juiz expressou sua preocupação, afirmando: “Provavelmente não darei conta e já agendei consulta com um psicólogo porque essa situação está me destruindo, porque sempre gostei de produzir, tanto que na outra vara que respondo em Itaituba-PA o IEJUD (Índice de Eficiência Judiciária) é 100%, a única vara verde em toda a Região do Tapajós”.
Ainda segundo o magistrado, se esse cenário não mudar, os processos contra ele vão continuar sendo protocolados junto à Corregedoria do TJ/PA.
Após a manifestação, a denúncia contra o juiz foi arquivada.
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