| 5 abril, 2024 - 09:24

Acusado de demora, juiz desabafa e se diz exausto e sozinho: “luta inglória”

 

Um magistrado da comarca de Itaituba, localizada no oeste do Pará, enfrentando uma sobrecarga de trabalho que resultou em exaustão física e mental, optou por iniciar um tratamento psicológico para evitar um colapso. O juiz, que se diz sem assistência de servidores e sem apoio do Tribunal de Justiça local, descreveu sua situação como uma

Um magistrado da comarca de Itaituba, localizada no oeste do Pará, enfrentando uma sobrecarga de trabalho que resultou em exaustão física e mental, optou por iniciar um tratamento psicológico para evitar um colapso. O juiz, que se diz sem assistência de servidores e sem apoio do Tribunal de Justiça local, descreveu sua situação como uma “luta inglória” para administrar um acervo de aproximadamente 2 mil processos do Juizado Especial Cível e Criminal.

Ele expõe que está quase sozinho na tarefa de analisar liminares, conduzir audiências, gerir outras duas varas e ainda elaborar sentenças. Essa realidade foi compartilhada pelo juiz Rafael Alvarenga Pantoja com o corregedor-geral do TJ/PA, desembargador José Roberto Bezerra Júnior, após ter recebido uma denúncia de um cidadão sobre a demora excessiva no andamento dos processos.

O juiz expressou sua preocupação, afirmando: “Provavelmente não darei conta e já agendei consulta com um psicólogo porque essa situação está me destruindo, porque sempre gostei de produzir, tanto que na outra vara que respondo em Itaituba-PA o IEJUD (Índice de Eficiência Judiciária) é 100%, a única vara verde em toda a Região do Tapajós”.

Ainda segundo o magistrado, se esse cenário não mudar, os processos contra ele vão continuar sendo protocolados junto à Corregedoria do TJ/PA.

Após a manifestação, a denúncia contra o juiz foi arquivada.

Leia a íntegra do desabafo:


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