O avanço da imunização contra a Covid-19 criou um cenário em que a volta das empresas brasileiras ao “velho normal” parecia favas contadas, mas aí surgiu um novo inimigo: a variante ômicron do coronavírus. Com ela, a quantidade diária de infecções voltou a crescer em ritmo considerável, lembrando a todos que a crise sanitária ainda não terminou.
Como não poderia deixar de ser, essa novidade indesejada afetou as maiores bancas de advocacia do Brasil, muitas das quais já davam como certa a volta do trabalho presencial para todos os seus colaboradores. Com a ômicron, elas tiveram de dar um passo atrás.
A ConJur ouviu representantes de alguns dos maiores escritórios do país e constatou que, no momento, o modelo de trabalho híbrido ainda é o preferido. Confira a posição de cada uma delas:
Demarest — Com o aumento da população vacinada e queda dos números de casos de Covid-19 pelo Brasil, o Demarest Advogados decidiu retomar o trabalho presencial, com mudanças nos protocolos. O plano da banca era adotar o modelo híbrido, em que colaboradores passariam parte da semana trabalhando remotamente, em escala que iria variar conforme a área de atuação e a necessidade de fazer as atividades presencialmente. Contudo, com o avanço da ômicron, a diretriz é evitar o retorno ao escritório até o próximo dia 17.
Machado Meyer — Segundo Tito Andrade, sócio-administrador da banca, o retorno inicialmente estava previsto para o último dia 10 de janeiro. “Contudo, considerando a atual situação, o escritório cancelou o seu retorno presencial e avisou aos seus colaboradores que esse retorno está suspenso até o dia 31/1, quando será feita uma análise da situação para avaliar o retorno ao modelo híbrido”, explica.
Mattos Filho — Desde setembro, a banca está no regime de retorno gradual, com seus escritórios abertos para receber profissionais que queiram trabalhar presencialmente de maneira voluntária. A banca mantém os protocolos de saúde e segurança que incluem, entre diversos cuidados, a higienização dos postos de trabalho, o uso de máscara e de álcool gel, inclusive nas salas de reunião.
Nelson Willians Advogados — Segundo Ariane Vanço, sócia e diretora de Compliance da banca, o retorno as atividades presenciais está sendo programado sem pressa. “Com o avanço da nova variante, permaneceremos no regime de home office para maior parte da nossa operação e com regime de rodízio para as presenças físicas, quando necessário”, explica. Além disso, a banca segue adotando todas as medidas de segurança recomendadas pelas autoridades.
Trench Rossi Watanabe — Os escritórios da banca já estão disponíveis para atender a demandas pontuais de clientes e à disposição dos colaboradores, de forma facultativa. Tudo sob um controle rígido e respeitando todas as regras e protocolos de higienização e segurança estabelecidos pelas autoridades competentes ao longo da pandemia. A banca acompanha os índices de contágio e vacinação e planeja retomar oficialmente as atividades presenciais em breve, em data a ser definida, com atenção especial aos imunodeprimidos, àqueles com comorbidades e àqueles que apresentem alguma condição específica para não retornar em um primeiro momento.
Felsberg Advogados — Os profissionais da banca seguem trabalhando em modelo home office. Dependendo do avanço da ômicron, o escritório pretende adotar um modelo de trabalho hibrido. Segundo o fundador da banca, Thomas Benes Felsberg, a adoção do home office não impactou nos resultados do escritório. Ao contrário, a produtividade dos advogados aumentou 25%.
Conjur