Em fevereiro de 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve analisar uma ação de indenização movida pela defesa do ex-presidente Lula (PT) contra o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol.
O líder progressista sustenta que sofreu dano moral devido a famigerada entrevista coletiva do PowerPoint, realizada em 2016, onde o então procurador disse que não tinha provas, mas “convicção”, de que Lula era chefe de uma mega esquema de corrupção.
O ministro Luís Felipe Salomão será o relator da ação. Vale lembrar que Lula entrou na Justiça contra Dallagnol ainda em 2016.
A defesa do ex-presidente também alega que o então procurador e um dos coordenadores da Lava Jato de Curitiba agiu com abuso de autoridade, imputando práticas de crimes com adjetivações.
Recém exonerado do Ministério Público Federal (MPF), Dallagnol fez ataques contra Lula e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, cotado para ser vice na chapa do ex-presidente em 2022.
Nas palavras do ex-procurador, tanto Lula quanto Alckmin são integrantes “turma que era contra a Lava Jato e defendia a impunidade alegando ‘defender direitos’, mas agora promove a pré-candidatura eleitoral dos mesmos políticos e partidos contra quem há fortes provas de corrupção”.
“Não custa lembrar: Lula foi condenado por corrupção e lavagem em 3 instâncias: JF, TRF, STJ. A condenação foi anulada pelo STF, mas ele não foi absolvido. Alckmin foi acusado por corrupção, caixa dois e lavagem envolvendo mais de R$ 11 milhões pagos pela Odebrecht”, completou.