Ciente da guerra que virá em 2022, com o discurso radical do bolsonarismo inflado pela campanha eleitoral, o STF aproveitou o fim do ano para reforçar a segurança da Corte.
Em setembro, quando o tribunal virou alvo de Jair Bolsonaro e de aloprados que fecharam a Esplanada, a segurança dos ministros foi reforçada para evitar ataques. Até rotas de fuga com helicóptero e barco, pelo Lago Paranoá, foram planejadas.
Agora, a Corte contratou uma empresa para fornecer ao tribunal “tecnologias não letais”, incluindo granadas de emissão não letal, munições e lançadores de munições.
Sobre as tecnologias não letais, o STF emitiu um comunicado:
“A aquisição de tecnologias não letais pelo Supremo Tribunal Federal visa permitir que a equipe de segurança garanta o direito da livre manifestação do pensamento, preservando vidas e o patrimônio público.
O STF tem histórico de decisões que garantem a liberdade de manifestação, porém, no passado recente, ações violentas e ameaças exigiram uma preparação maior para salvaguardar as instituições sem prejuízo das legítimas reivindicações.
Esses esforços, em respeito às orientações da Organização das Nações Unidas (ONU), envolvem a capacitação de agentes e o uso proporcional da força.
As granadas adquiridas, por exemplo, não são explosivas. Elas geram volume de fumaça com princípios ativos químicos para dispersar confrontos, preservando vidas e evitando o uso de armas de fogo e demais equipamentos de maior potencial ofensivo”.
Radar -Veja