| 3 maio, 2021 - 09:09

Caso Henry: Mãe diz que advogado de Jairinho cobrou R$ 2 milhões e que só defenderia o casal se os dois mentissem

 

Em um novo capítulo do horrível crime cometido contra o menino Henry Borel, de 4 anos, morto em março deste ano, a mãe do menino, Monique Medeiros, que está presa suspeita de participar do assassinato da criança, escreveu uma carta dizendo que o primeiro advogado contratado pela família do namorado dela, igualmente preso, só aceitaria defender o

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Em um novo capítulo do horrível crime cometido contra o menino Henry Borel, de 4 anos, morto em março deste ano, a mãe do menino, Monique Medeiros, que está presa suspeita de participar do assassinato da criança, escreveu uma carta dizendo que o primeiro advogado contratado pela família do namorado dela, igualmente preso, só aceitaria defender o casal se os dois mentissem. O namorado de Monique é o vereador carioca Dr. Jairinho, que também é suspeito de matar Henry. 

carta foi acessada pela reportagem do Fantástico, da TV Globo. Segundo Monique o advogado André Barreto cobrou R$ 2 milhões e quis organizar uma versão mentirosa sobre a morte do menino. “O Dr. André se apresentou, disse que era casado, que tinha 4 filhos, que estudou para ser padre, que era religioso e que não pegava casos de homicídios se não acreditasse na inocência dos seus clientes e nos separou. Fez uma entrevista particular comigo (…). E depois, fez a mesma coisa com Jairinho separado”, escreveu Monique.

“No dia seguinte, o Dr. André foi até a casa do pai do Jairinho para conversarmos, mas que só aceitaria o caso se nos uníssemos e combinássemos uma versão inventada (…). Na mesma hora eu questionei por que eu não poderia dizer o que realmente tinha acontecido, já que tinha sido um ‘acidente doméstico’ (…). Eu ainda não estava satisfeita e disse que falaria a verdade, que eu não via problema algum (…). Foi quando a família dele [de Jairinho] disse que aquela seria a única versão! Que o Dr. André era um excelente criminalista, que ele teria cobrado 2 milhões de reais pelo casal (mas que só depois percebi que a defesa era apenas do Jairinho)”, afirmou a mãe.

“Todos os meus passos eram controlados, todas as ligações que eu fazia havia alguém por perto, sempre monitorada e eu acalmava meus pais, dizendo que eram orientações do advogado. Era um controle absoluto!”, disse em outro trecho.

“Ela estava sim isolada de muitas coisas e ela só pôde ter a noção da realidade muito tempo depois. Por isso a prisão dela representou de fato uma libertação dessa situação”, relataram os novos advogados de Monique. Eles também solicitam que ela preste um novo depoimento para a polícia.

Rádio Jornal 


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