| 23 abril, 2021 - 12:12

“Vai morrer abraçada a Jairinho?”: como advogado mudou defesa da mãe de Henry

 

Ao ser contratado pela família de Monique Medeiros da Costa e Silva para representá-la diante da Polícia Civil e da Justiça, o advogado Hugo Novais argumentou que havia a necessidade de uma mudança radical em sua estratégia de defesa. Ele conta que, para justificar a sua opinião, fez a seguinte pergunta para a mãe do menino

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Ao ser contratado pela família de Monique Medeiros da Costa e Silva para representá-la diante da Polícia Civil e da Justiça, o advogado Hugo Novais argumentou que havia a necessidade de uma mudança radical em sua estratégia de defesa. Ele conta que, para justificar a sua opinião, fez a seguinte pergunta para a mãe do menino Henry : “Você vai querer morrer abraçada a Jairinho?”. A resposta que ouviu foi o estopim para a professora e o vereador tomarem caminhos opostos na tentativa de saírem da cadeia.

Separado duas semanas atrás por quilômetros de distância — ela foi para o Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói; ele, para Bangu 8 —, o casal abandonou a promessa de “juntos para sempre”. O romantismo ficou no hoje vazio apartamento de classe média alta na Barra da Tijuca no qual os dois moravam com Henry , que morreu no dia 8 de março apresentando 23 lesões incompatíveis com uma queda da cama, versão que Monique e Jairinho sustentaram até serem presos. Os momentos íntimos que partilharam, alguns registrados em fotografias feitas com celulares, agora ameaçam se tornar apenas motivos de arrependimento em meio a uma guerra.

“Monique não quer acusar ninguém. Quer apenas se defender. Passou informações diferentes para a polícia em seu primeiro depoimento. A família optou em contratar uma defesa para que ela não seja responsabilizada por algo que não fez. Ela não concorda de modo algum com o que aconteceu. Pelo contrário, está sofrendo pela morte do filho e por seguir presa pelo que não fez”, argumenta Novais. “Com a separação da defesa de Monique e do vereador, isso vai ficar mais claro. Ela não vai morrer abraçada a Jairinho “.

professora e o vereador eram representados pelo advogado André França Barreto, contratado por Jairinho. Mas notícias e comentários em redes sociais levaram a professora a pensar que não estava sendo defendida de maneira correta. Ela se incomodou ao ser retratada como suposta cúmplice de um assassinato. E, ainda na época em que estava em liberdade, enviou uma mensagem ao marido para se queixar.

“Vou procurar outro advogado . Sabe por quê? Porque ele é o seu advogado, não o meu”, escreveu, para completar: “Se for para defender alguém, será você, não a mim”. “Estou embrulhada com tantos comentários que estou lendo ao meu respeito”, finalizou Monique.

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