| 27 novembro, 2019 - 17:04

Relator do TRF-4 amplia pena de Lula para mais de 17 anos no caso do sítio

 

Na primeira instância, a pena estipulada foi de 12 anos e 11 meses de prisão.

O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do processo do sítio de Atibaia (SP) no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), votou por ampliar a pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A nova pena sugerida por Gebran é de 17 anos, um mês e dez dias em regime fechado. Na primeira instância, a pena estipulada foi de 12 anos e 11 meses de prisão.

A 8ª Turma do TRF-4 está reunida hoje em Porto Alegre para julgar o caso do sítio, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado.

Além do relator do processo, participam da análise do caso seus colegas Leandro Paulsen, revisor, e Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, presidente da Turma. Paulsen e Thompson Flores ainda irão se manifestar na sessão.

Em fevereiro deste ano, a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou o ex-presidente por ligação com um esquema de corrupção envolvendo contratos de empresas com a Petrobras. Lula teria recebido como vantagem reformas em um sítio frequentado por ele no interior de São Paulo. A defesa do ex-presidente nega as acusações.

O sítio pertence a Fernando Bittar, amigo da família de Lula. Para Gebran, “pouco importa a questão da propriedade do sítio de Atibaia”. “O fato é que o ex-presidente Lula usava o imóvel”, disse. O desembargador também pontuou que o processo tem farta documentação e que Lula “fazia e solicitava melhorias no sítio de Atibaia”. O desembargador diz que houve dissimulação do real proprietário das reformas.

“As obras foram feitas em benefício de Lula”, disse Gebran, citando que Bittar sabia que o ex-presidente não iria pagar pelas reformas.

Alvo de críticas por parte da defesa de Lula, a sentença de Hardt foi elogiada por Gebran, que disse que a juíza fez um “minucioso trabalho de análise” do caso. Mais cedo, ele também havia afastado a hipótese de anulação da sentença em razão de “copia e cola”.

UOL

Reprodução

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