| 26 agosto, 2019 - 21:28

Conselheiro do CNJ faz forte crítica sobre disputa da Lista Tríplice do TRT-RN: “Desprestigia a Justiça e classe dos advogados”

 

Hipóteses como essas, além de tudo, conspiram contra a própria classe dos advogados

Foto: Reprodução/CNJ

Em sua decisão de suspender o envio da Lista Tríplice para desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RN), o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Márcio Schiefler Fontes, usou palavras duras para caracterizar a disputa judicial entre o advogado Eduardo Rocha  e o desembargador Bento Herculano, como um retrato do que permeia o Judiciário e a advocacia do estado, com motivações pessoais em meio ao processo que deve ser imparcial.

“Hipóteses como essas, além de tudo, conspiram contra a própria classe dos advogados, criando dentro dela duas subclasses: uma, de privilegiados, amigos da situação; outra, uma segunda classe, desprovida dos mesmos foros. No extremo, tais relações são capazes mesmo de despertar hesitações cívicas na opinião pública, frontalmente deletérias ao prestígio da Justiça”, apontou o conselheiro.

Ainda segundo, Fontes,  “Não há dúvida de que o presente caso se reveste de especial atenção. Convergem ambas as partes ao não admitirem que favorecimentos pessoais maculem o preenchimento de vaga no Poder Judiciário, seja por relações de proximidade decorrentes de parentesco (como sustenta o requerente e rechaça o requerido), seja por relações de proximidade com a Administração (levante-se, por exemplo, a hipótese por tudo deplorável em que um advogado público, convocado num dado Tribunal, ponha-se a granjear votos entre os desembargadores aos quais auxilia diretamente)”.


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