O ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), apontou graves indícios da existência de um esquema de “verdadeiro comércio de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça”, em sua primeira decisão a respeito dos fatos investigados pela Polícia Federal.
“A gravidade concreta dos casos narrados mostra-se até aqui manifesta, exigindo pronta resposta desta Suprema Corte”, escreveu Zanin. O caso foi para o STF depois que um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) detectou suspeitas do envolvimento de uma autoridade com foro privilegiado no caso. O nome dessa autoridade não foi citado por Zanin no documento.
Na decisão, Zanin determinou a prisão preventiva do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, citado como o chefe do esquema criminoso, e autorizou busca e apreensão contra três assessores de ministros do STJ. A operação foi deflagrada na última terça-feira (26).
UOL