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O Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (Tjam) decretou nesta segunda-feira, 22, nova prisão do delegado da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Ericson Tavares, anteriormente acusado de extorsão, após publicar em suas redes sociais um vídeo onde zomba do ocorrido, utilizando palavrões e gestos obscenos.
O delegado foi preso em flagrante no dia 23 de março, no município de Manacapuru, localizado a 68 quilômetros da capital, Manaus. Ele é suspeito de crimes de extorsão mediante sequestro, porte de arma de fogo, associação criminosa, entre outros.
No vídeo publicado em redes sociais, o delegado aparece dentro de um veículo de uma mulher, e canta funk enquanto profere palavras de baixo calão e utiliza gestos obscenos em tom de deboche para a câmera.
Segundo o Ministério Público do Amazonas, a atitude de Ericson causou indignação entre os internautas, que consideraram a ação um desrespeito às investigações e às vítimas dos crimes de extorsão e sequestro pelos quais ele e outros policiais foram acusados.
“Não se pode ignorar o fato de que Ericson de Souza Tavares é delegado da Polícia Civil, o qual detém poder e influência inerentes ao cargo público. Tal circunstância, somada à publicação de vídeo nas redes sociais, em que escarnece do Poder Judiciário, cria medo nas vítimas e frustração nos agentes públicos que procederam à prisão do ora Paciente, temendo, inclusive, pelo êxito da sequência da investigação”, alegou o parquet no documento.
O caso
Além do delegado, então titular do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), na Zona Norte de Manaus, outros nove policiais foram presos. Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), houve a denúncia de que três veículos estavam envolvidos em um sequestro no bairro Correnteza. No local, a equipe policial encontrou um veículo com os suspeitos, vestidos de preto, armados e encapuzados.
Conforme o registro, os homens sequestraram e torturaram as vítimas — dois homens e uma mulher, de identidades não informadas. Foi constatado que os ocupantes do veículo, um modelo ônix sedan de cor branca, eram um delegado e três investigadores. Todos foram conduzidos à delegacia.
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