| 9 fevereiro, 2024 - 16:51

Pastor que incitou no TikTok pais a baterem em crianças é condenado

 

Pastor que instigou, por meio do TikTok, pais a baterem em crianças foi condenado à pena de quatro meses de detenção, em regime aberto, substituída por restritiva de direitos. A decisão foi proferida pelo juiz de Direito Luiz Guilherme Cursino de Moura Santos, da vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Pindamonhangaba/SP. O magistrado

Pastor que instigou, por meio do TikTok, pais a baterem em crianças foi condenado à pena de quatro meses de detenção, em regime aberto, substituída por restritiva de direitos. A decisão foi proferida pelo juiz de Direito Luiz Guilherme Cursino de Moura Santos, da vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Pindamonhangaba/SP. O magistrado também estabeleceu uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 10 mil.

No sermão divulgado no TikTok, o pastor se manifestou da seguinte maneira:

“Pastor, mas eu bati, mas bateu de que jeito? Tapa em cima da fralda? Cê faz a criança rir e não sofrer. A vara tem que fazer doer, mas não é para espancar. Pensa comigo. Se a Bíblia diz que a vara tem que ser usada e ela tem que infligir dor, é necessário que haja um limite também, é claro. E qual que é o limite que a Escritura coloca? Provérbios 19:18. Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá- lo. Ou seja, bata, bata, bata e começou a querer morrer, você para. É o texto que diz. Ceis riem? É o texto que, é claro né exagero isso aí que eu falei. Mas há um limite e o limite é não se exceder a ponto de matá-lo. É pra você ver que é necessário que haja dor! Haja dor mesmo! Daí tá lá, é, cê tem que dar varada no seu filho, meu irmão, depois que ele apanhou das varada lá, ele tem que sair mancando, senão não tem graça. Como assim? Cê pega a vara…”

Ilustrativa

Interrogado, o réu confirmou a veracidade do vídeo, embora tenha afirmado que fazia parte de uma série de sermões pregados durante a semana, nos quais abordava a importância dos pais amarem seus filhos. Ele admitiu que, no vídeo em questão, usou palavras que ultrapassaram, de forma exagerada, a liberdade de expressão religiosa. No entanto, argumentou que, dentro do contexto mais amplo, falou sobre amor, paciência e como os pais devem cuidar de seus filhos.

Ao analisar o caso, o juiz considerou que a materialidade e autoria do delito estão bem demonstradas no vídeo. Segundo o magistrado, não há como negar que o réu, em seu sermão, incentivou publicamente (perante outras pessoas e através da internet) a prática de um crime (maus-tratos contra crianças).

Migalhas


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