A advogada Milena Tomelin alega ter passado por uma “situação vergonhosa e humilhante” durante visita ao seu cliente, o vereador Mauricinho Soares, no presídio de Joinville. Conforme Tomelin, uma policial penal teria criticado suas roupas e afirmado que “seu traje era inadequado por ser mulher”, alega.
O caso teria ocorrido na última quarta-feira (10), quando a advogada usava um conjunto composto por um blazer social comprido, um short social largo e uma blusa fechada.
Durante sua saída da unidade prisional, Milena teria sido abordada pela agente. Na frente de outros advogados, a policial teria questionado a vestimenta dela, alegando que a mesma “deveria entender o que era uma penitenciária”.
“A policial alegou que o traje era inadequado por ser mulher, e passou a proferir diversos comentários grosseiros, preconceituosos, machistas, sexistas e constrangedores em frente a todos”, revela Milena.
A advogada afirma que, apesar de não haver nenhuma disposição do departamento de Polícia Penal acerca de vestimentas dos advogados, sempre se veste como o bom senso pede e decoro.
Advogada teria tido novo constrangimento no dia seguinte
Na quinta-feira (11), durante nova visita, a advogada reencontrou a policial penal em questão e informou que entregaria um ofício ao chefe de segurança para relatar os fatos ocorridos no dia anterior.
Neste momento, a agente teria se exaltado e começado a gritar. Em sua defesa, a policial penal teria dito que gravou imagens da roupa da advogada para avisar o chefe de segurança.https://b91056f146574f2ca45d6da6ec89b20b.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html
Ainda naquele dia, acompanhada de outros dois policiais penais, a agente teria iniciado uma nova discussão com a advogada. Milena, por sua vez, questionou a policial sobre a roupa de outra advogada que estava no local, que usava um vestido.
“A policial, de forma extremamente constrangedora, mediu o tamanho das vestimentas, o que é um absurdo”, relata Milena.
Além do caso envolvendo suas roupas, a advogada afirma que a policial penal ameaçou registrar uma ocorrência por desacato. Diante do caso, um ofício foi enviado à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para relatar o ocorrido.