Alvo da extrema direita e responsável pela relatoria dos processos de todos os denunciados pelas invasões e depredações de 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi responsável por 6.204 decisões relativas às investigações dos casos no último ano.
Moraes foi responsável por 255 decisões que autorizaram medidas de busca e apreensão realizadas pela Polícia Federal em mais de 400 endereços pelo país. Além disso, autorizou 350 quebras de sigilos bancário e telemático.
Neste domingo (7), na véspera de se completar um ano dos ataques do 8 de janeiro, o magistrado – que atualmente preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – divulgou um balanço de suas ações à frente do caso. No relatório, o magistrado cita a prisão preventiva do então secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O balanço mostra que foram recebidas 1.345 denúncias que, ao final das apurações, todas resultaram em processos. Moraes concedeu 1.469 liberdades provisórias a presos pelos atos de vandalismo nas sedes dos três Poderes.https://ffa00be34ae7121f0ed8dbcf3ca718c4.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html?n=0
Os acusados por invadir o STF, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional foram processados pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, ameaça, perseguição e incitação ao crime e golpe de Estado.
O documento mostra que a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a abertura de quatro inquéritos de investigação: dos financiadores; dos autores intelectuais; dos executores e das autoridades responsáveis por omissão, como foram os casos do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) e do então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres.
O balanço cita que 243 pessoas foram presas em flagrante na praça dos Três Poderes no em 8 de janeiro e que, no dia seguinte, 1.929 pessoas foram conduzidas à Academia Nacional de Polícia, sendo que 1.154 permaneceram presas em flagrante e outros 775 foram liberados “em virtude da idade ou por apresentarem comorbidades”.
O Tempo