Demitido em 1988, após cinco anos de trabalho, um ex-empregado do Instituto Varela Barca que trabalhava como vigia e zelador alegou ter recebido menos do que lhe era devido e entrou com uma ação junto à 2ª Vara do Trabalho de Natal.
Ele cobrou na Justiça o pagamento de adicional noturno e de horas extraordinárias por ele ter prestado serviço aos sábados e domingos.
A sentença foi favorável ao trabalhador e, após a execução da sentença, iniciou-se uma nova fase no processo – encontrar o reclamante – que só foi encerrada nesta semana, com a localização do trabalhador, que hoje tem 70 anos, para receber seu pagamento.
“O problema é que ele não tinha endereço fixo, morava de aluguel e mudou-se muitas vezes”, detalha o juiz Luciano Athayde, titular da 2ª Vara.
Para complicar, explica o juiz, “o advogado que entrou com a ação adoeceu e isso complicou ainda mais nossa tarefa”.
Luciano Athayde destaca, ainda, “o trabalho da oficiala de Justiça da Vara, Rejane Carvalho, que, depois de muitas idas e vindas, porque haviam 50 homônimos dele, conseguiu localizá-lo e efetivar o direito do trabalhador”.
O Instituto Varela Barca foi um centro de estudos políticos que funcionou na década de 1980, prestando assessoria aos parlamentares e filiados do PMDB do Rio Grande do Norte.