| 19 outubro, 2023 - 17:40

Corregedoria do TJMT abre sindicância contra juiz que prendeu em audiência mãe que teve filho assassinado

 

A Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso vai abrir uma sindicância para apurar a conduta do juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, que deu voz de prisão à mãe de uma vítima de homicídio durante audiência no Fórum Criminal de Cuiabá, ocorrida em setembro. O procedimento deve durar 140 dias e tramitar

A Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso vai abrir uma sindicância para apurar a conduta do juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, que deu voz de prisão à mãe de uma vítima de homicídio durante audiência no Fórum Criminal de Cuiabá, ocorrida em setembro.

O procedimento deve durar 140 dias e tramitar em sigilo. O episódio aconteceu no dia 29 de setembro e ganhou grande repercussão, nesta semana, após o vídeo da audiência ser divulgado na internet.

Reprodução

O caso deverá ser analisado pelo corregedor-geral, desembargador Juvenal Pereira da Silva. A ordem de prisão ocorreu no momento em que S.B. depunha e se manifestou contra Jean Richard Garcia Lemes, réu pelo assassinato de seu filho, ocorrido em 10 de setembro de 2016.

Jean Richard responde em liberdade pelo crime. Segundo o Ministério Público Estadual, ele assassinou o filho de S.B. usando uma arma de fogo, por meio de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Inicialmente, a mãe disse na audiência que o réu, para ela, “não era ninguém”. O advogado do réu então exigiu respeito com o seu cliente, momento em que S.B. reiterou seu posicionamento.

Após isso, ela foi interrompida pelo juiz, que também exigiu respeito e “inteligência emocional” da depoente. Inicia-se uma pequena discussão e então o magistrado decide encerrar a audiência, diante da falta de vontade da mãe em seguir.

Neste momento, revoltada, a mãe da vítima se levantou, bateu na mesa e apontou o dedo para o réu, proferindo palavras em tom de ameaça. Neste momento, Perri se levantou e deu voz de prisão à mulher.

A advogada da mulher conseguiu um habeas corpus que impediu sua reclusão e na delegacia


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