| 21 setembro, 2023 - 10:51

Flagrados em esquema de troca de favores, juízes de Goiás são promovidos para ganhar mais de R$ 41 mil

 

Investigados pelo envolvimento em suposto esquema de corrupção dentro do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), os juízes Átila Naves Amaral e Ronnie Paes Sandre são os mais novos desembargadores da Justiça Goiana. Com provimentos acima do teto constitucional, atualmente fixado em R$ 41,6 mil, os magistrados receberam a tão sonhada promoção em agosto deste ano.

Reprodução

Investigados pelo envolvimento em suposto esquema de corrupção dentro do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), os juízes Átila Naves Amaral e Ronnie Paes Sandre são os mais novos desembargadores da Justiça Goiana. Com provimentos acima do teto constitucional, atualmente fixado em R$ 41,6 mil, os magistrados receberam a tão sonhada promoção em agosto deste ano.

Em junho, o Metrópoles veiculou, em primeira mão, conversas onde a dupla aparece trocando favores com o filho do ex-presidente do TJGO, assassinado em 2021. A intenção dos juízes, na data em que as mensagensforam trocadas, era o segundo grau de jurisdição, conquistado recentemente.

Em julho, após a publicação da denúncia, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu “Pedido de Providência” para investigar a conduta dos mais novos desembargadores de um dos tribunais mais bem pagos do país. Na data, o órgão intimou Átila, Ronnie e uma terceira desembargadora a prestarem esclarecimentos quanto ao possível envolvimento deles na trama. Segundo o CNJ, “há indícios de cometimento de infração de ordem disciplinar pelos magistrados”.

No mês seguinte, a Procuradoria-Geral da República (PGR) também abriu investigação. De acordo com a pasta, “cumpre registrar a gravidade e a potencial capilaridade dos crimes envolvendo diferentes autoridades com prerrogativa de foro perante o Superior Tribunal de Justiça”. “A urgência para o cumprimento da providência suprarreferida é reforçada pela recente matéria jornalística veiculada pelo portal Metrópoles. Nela foi divulgada a pretensa troca de favores na Justiça goiana”, declarou o órgão.

No pedido, a PGR solicitou os celulares periciados durante a investigação do crime que vitimou os advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Carvalhãesambos assassinados no interior do escritório em que trabalhavam, em Goiânia, em 28 de outubro de 2020, para apuração ministerial. Nos aparelhos constam as conversas que revelaram a supostas violações dos princípios administrativos e constitucionais ocorrendo dentro do Poder Judiciário de Goiás.

Metrópoles


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