O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou de suas funções o juiz federal do Trabalho Marlos Malek. A decisão foi tomada na sessão de terça-feira à noite do órgão. O magistrado participou de um grupo de WhatsApp com empresários que debateram e defenderam abertamente um golpe de estado diante do cenário de vitória de Lula sobre Bolsonaro. Além disso, o CNJ determinou a abertura de um processo administrativo contra Marlos Malek.
Em seu voto, o corregedor nacional de Justiça e relator do caso, Luis Felipe Salomão, destacou que o juiz “escolheu permanecer no grupo ‘Empresários & Política’, mesmo sem ser empresário e apesar do vasto elenco de disposições legais que determinam o seu afastamento de temas que envolvam política”, por ser magistrado.
Salomão lembrou que os empresários do grupo foram alvos de busca e apreensão determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e são alvos de investigação. Entre os participantes está Luciano Hang, da Havan.
O corregedor apontou ainda que Malek “fez comentários no grupo”. A fala do magistrado foi o que motivou a representação levada contra ele por entidades ao CNJ. Na sua interação no grupo, Malek comentou uma reportagem que tinha como título “Empresários Atacam Igreja Católica” e a classificou como “ideológica”.
Bela Megale