O advogado Frederick Wassef acionou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que tome medidas contra a apreensão de seus quatro celulares. Wassef disse a interlocutores que enxerga ilegalidade na busca que sofreu há duas semanas, pelo fato de a OAB não ter acompanhado a ação.
Questionada pela coluna, a OAB confirmou que foi formalmente procurada pelo advogado e informou que enviou uma petição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para falar sobre as prerrogativas que envolvem o caso. No documento, porém, a entidade não pede anulação de nenhuma prova, com defende Wassef, e solicita “resguardar o sigilo de eventuais informações estranhas à investigação oriundas do cumprimento de medida de busca e apreensão”.
“Tendo em vista que cabe à OAB defender as normas e princípios constantes da Constituição Federal, bem como velar pela escorreita aplicação da lei e a preservação das prerrogativas da advocacia, a entidade reforça a necessidade de se resguardar o sigilo de eventuais informações estranhas à investigação oriundas do cumprimento de medida de busca e apreensão. Dessa forma, frente à relevância das questões em análise nos presentes autos, o Conselho Federal da OAB requer, como se tem observado na praxe dessa d. relatoria, a adoção de medidas pertinentes para garantir o sigilo de documentos, mídias e objetos não relacionados à investigação, resguardando-se, assim, as prerrogativas profissionais do advogado Frederick Wasseff”, diz a petição enviada ao STF pela OAB.
O presidente da entidade, Beto Simonetti, já solicitou audiência com o ministro Alexandre de Moraes para tratar do caso do advogado de Jair Bolsonaro.
Bela Megale