A revolta dos movimentos de esquerda, advogados ligados ao PT e de parlamentares do próprio partido com os recentes votos de Cristiano Zanin no Supremo chacoalhou a bolsa de apostas sobre a disputa pela vaga de ministro do STF que será aberta no fim de setembro, com a aposentadoria da ministra Rosa Weber.

A indignação com os votos de Zanin não foi suficiente para dar tração à campanha pela nomeação de uma mulher, mas está servindo para uma ala do petismo tentar aumentar as chances de outro candidato.
Trata-se do atual advogado-geral da União, Jorge Messias, que é apoiado por aliados de Lula como Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann, Aloizio Mercadante e Jaques Wagner.
O grupo procura capitalizar a pressão para que o presidente não nomeie “mais um conservador” em favor de Messias, que vem ganhando favoritismo nas últimas semanas.
Correndo em outra raia, a do chamado “mundo político”, também avançou um pouco à frente dos demais candidatos o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.
Ambos já “mostraram serviço” ao presidente da República – Messias acaba de divulgar um parecer da AGU favorável à exploração de petróleo na Amazônia, e Dantas suspendeu a concessão de crédito consignado atrelado ao Auxílio Brasil do Governo Bolsonaro, durante a campanha eleitoral.
O Globo