O Conselho Nacional de Justiça está investigando indícios de gastos irregulares de quase R$ 1 bilhão na “lava jato”. O valor foi apurado na correição extraordinária feita pelo órgão nos tribunais responsáveis por julgar casos envolvendo a autodenominada força-tarefa. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
O CNJ está analisando planilhas e documentos e colhendo depoimentos de servidores. Os quase R$ 1 bi teriam sido gastos, mas não se sabe como, já que não há comprovação quanto à destinação da quantia.
A correição extraordinária está sendo feita tanto na 13ª Vara Federal de Curitiba quanto nos gabinetes dos desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), corte responsável por analisar os processos remanescentes da “lava jato”.
A Corregedoria Nacional de Justiça, chefiada pelo ministro Luis Felipe Salomão, ordenou a correição em 31 de maio, por causa de diversas reclamações disciplinares contra magistrados da vara e do colegiado.
A inspeção é coordenada pelo juiz Otávio Henrique Martins Port, da Justiça Federal da 3ª Região. Também trabalham no procedimento o desembargador Carlos Eduardo Delgado, do TRF-3, e o juiz Cristiano de Castro Jarreta Coelho, da Justiça estadual de São Paulo. Eles são assessorados por três servidores.
A Corregedoria tem a atribuição de promover fiscalizações do tipo, para apurar fatos relacionados a deficiências graves dos serviços judiciais e auxiliares. Nas correições, há, por exemplo, a oitiva de pessoas indicadas pelos responsáveis.
Conjur