A decisão do Tribunal Superior Eleitoral, tomada na noite desta terça -feira, 09, que decretou a nulidade dos votos recebidos pela legenda do PSDB para o cargo de vereador nas eleições de 2020, resultando na perda do mandato da vereadora Larissa Rosado (União Brasil), levanta uma contradição do mérito em si, na defesa dos espaços da mulher na política.
A ação em questão diz respeito às cotas de gênero. A alegação é que o partido cometeu fraude, colocando uma candidata supostamente laranja, para cumprir a cota exigida pela legislação para registro de candidaturas.
O que chama atenção é que ao anular os votos e retirar do cargo uma das três vereadoras da Câmara Municipal de Mossoró , que possui 23 parlamentares no total, quem assume o cargo é justamente um homem.
Nas eleições de 2020, a qual se refere o processo, as mulheres do PSDB somaram 4.934 votos contra 2.360 votos dos homens, o que demonstra a legitimidade das candidaturas femininas do Partido da Social Democracia Brasileira.
A ação que deveria proteger as mulheres perante a superioridade numérica dos homens na política, fragiliza mais uma vez os espaços ocupados pelas mulheres.
Kátia Flávia
10/05/2023 às 17:37Vc é inspiração….Avante guerreira…