O Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, publicou um vídeo realizando um balanço de sua gestão no Ministério Público Federal (MPF) e criticou a utilização das forças-tarefas do MP que, segundo ele, criminalizaram a política no Brasil. Em publicação feita nesta sexta-feira (6), Aras pediu para que o órgão “voltasse a respeitar a Constituição”.
“Que a cultura do MP volte ao seu lugar, que é de uma instituição dotada de unidade, com respeito às atribuições constitucionais, legais, e que tudo funcione de forma adequada. E que jamais nós tenhamos uma força-tarefa, qualquer que seja ela, que criminalize a política porque fora da política só tem guerra. Não tem opção”, afirmou Aras.
No vídeo, o procurador fez um balanço de suas ações no cargo e afirmou que tem buscado criar “atrativos” para que procuradores atuem “em regiões de difícil acesso”. Como exemplos de lugares em que “ninguém quer ir”, citou as regiões da Amazônia, o Nordeste e o Centro-Oeste.
“Todos os procuradores que entram na Casa querem ir para a praia, para o litoral.Ninguém quer ir para Amazônia, Nordeste, Centro Oeste, região de fronteira. Temos sempre dificuldade de prover esses cargos. Do ponto de vista eleitoral, interno, sempre era muito importante que as listas fossem contempladas por quem dava cargos nas capitais, em locais de vida mais tranquila, prazerosa”, disse Aras.