| 28 maio, 2022 - 13:27

Juiz impedido de tomar posse pelo CNJ desabafa: “Não sou branco e não tirei vaga de ninguém”

 

Tarcísio Francisco Regiani Júnior jamais imaginou que o sonho de ser juiz se transformaria em um pesadelo após 11 anos de estudos e muita dedicação para alcançar o tão desejado cargo. Autodeclarado pardo e aprovado em vaga destinada a cotas no concurso para juiz substituto do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), ele

Tarcísio Francisco Regiani Júnior jamais imaginou que o sonho de ser juiz se transformaria em um pesadelo após 11 anos de estudos e muita dedicação para alcançar o tão desejado cargo.

Autodeclarado pardo e aprovado em vaga destinada a cotas no concurso para juiz substituto do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), ele foi impedido de ser empossado por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que considerou “sem nenhuma sombra de dúvida” que o candidato é um cidadão branco e que não preenche os requisitos necessários para a vaga de cotista.

“Estou perplexo com tudo isso, indignado com a condenação pública que estou sofrendo e frustrado em não poder assumir o cargo para o qual fui aprovado”, revelou em entrevista exclusiva a JuriNews.

Natural de Vila Velha (ES), 36 anos, casado, pai de uma filha, servidor público estadual, Tarcísio Regiane Júnior resolveu falar pela primeira vez, após a decisão do Plenário do CNJ na última terça-feira (24). O caso teve uma grande repercussão no país desde a suspensão da sua posse no dia 18 de maio.

 “Não sou uma pessoa branca e isso foi devidamente comprovado pela Comissão de Heteroidentificação do concurso. Das 10 vagas previstas para cotas, apenas 5 foram preenchidas, ou seja, não tirei a vaga de ninguém. Em concurso para juiz, com exceção da primeira fase, nas várias fases seguintes não há um critério diferenciado de avaliação por ser candidato cotista”, afirmou.

Jurinews


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