Alegando abuso de autoridade e constrangimento, a OAB/ES ingressou com representação disciplinar no CNJ contra juíza que ofereceu terapia a um advogado durante audiência.
“Doutor, o senhor quer fazer uma sessão de terapia pra vir pra audiência?”, perguntou a juíza Mariana Lisboa Cruz, chegando a afirmar que o advogado não tinha condições de exercer a defesa de sua cliente.
A OAB/ES apresentou a transcrição de alguns outros trechos de áudio gravado da audiência, na qual a magistrada, aos gritos, interrompe debate entre os advogados, se dirigindo a Sergio Murilo de forma ríspida.
O áudio revela outras falas consideradas ofensivas pela OAB/ES, como: “O senhor tá achando que eu tenho cara de palhaça?”; “O senhor sentou aqui como réu, como denunciado, como cliente”; “O senhor está agindo como se fosse uma criança sentado aqui”; “Se eu fosse ela eu contrataria alguém que entrasse aqui como. entendeu.”.
Na representação, a OAB/ES salienta que a gravação é clara quanto a conduta da magistrada, e que tal comportamento deve ser repreendido de forma dura.
“Uma vez que os advogados, no exercício de sua profissão, não são hierarquicamente inferiores aos magistrados, e quando um magistrado se comporta como se superior fosse, precisa ser advertido de forma direta, para que respeite a igualdade hierárquica e mantenha um tratamento respeitoso e honroso para com os advogados.”
Migalhas