| 20 fevereiro, 2022 - 10:01

Caso Henry: em áudio, advogado de pai que agora defende Jairinho diz que entrou na causa para ‘gerar o caos’

 

Em uma mensagem de voz enviada por aplicativos de conversas, Flávio Fernandes afirma ter assumido a defesa de Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, para “gerar o caos”. O advogado representou o engenheiro Leniel Borel de Almeida, pai de Henry Borel Medeiros, como assistente de acusação no processo em que sua ex-mulher Monique Medeiros da Costa e

Em uma mensagem de voz enviada por aplicativos de conversas, Flávio Fernandes afirma ter assumido a defesa de Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, para “gerar o caos”. O advogado representou o engenheiro Leniel Borel de Almeida, pai de Henry Borel Medeiros, como assistente de acusação no processo em que sua ex-mulher Monique Medeiros da Costa e Silva e o ex-namorado são réus pela morte de Henry Borel Medeiros, e agora defende o médico e ex-vereador em uma ação por torturas contra a filha de outra companheira. No áudio, entretanto, ele menciona discussões com colegas sobre estratégias jurídicas a serem adotadas no caso em que o menino foi morto.

Reprodução

“O objetivo é esse: o caos chamando pra mim (…). Se eu sair desse processo, acaba isso. Eu sou a figura principal desse processo. Entenda isso. Não tem outra. (…) Pode Evandro Lins e Silva ressuscitar, mas nenhum advogado da face da terra pode fazer por esse processo o que eu posso. Nenhum. Primeiro porque sou respeitado como ninguém é. (…) Porque não sou midiático, não fico aparecendo, sou professor, juiz pede pra eu defender”, diz Flávio Fernandes na mensagem.

O advogado continua: “Não quero esculhambar ninguém não. Pode vir a OAB batendo em mim, Leniel batendo em mim, porque tenho a carcaça larga de 20 anos de muita reputação. O objetivo era esse. Quando eu entrei nesse processo era pra isso: pra apanhar e construir essa retórica (…) Eu que comando isso aí, porque o objetivo era eu entrar sendo o assistente de acusação. O assistente de acusação que saiu do processo porque discordava dos métodos do Leniel.”

Ao Globo, Flávio Fernandes admitiu ser dele a voz no áudio vazado, citou o livre exercício da advocacia e afirmou só trabalhar em causas em que acredita: “Quando falo em gerar um caos é porque foi construído que o Jairo é um monstro e até agora ninguém levantou a voz para defendê-lo. Criaram a ideia de que ele tem a personalidade voltada para a prática de crimes, sendo que até o caso Henry ele nunca tinha respondido a nenhum processo. Jairo é meu cliente e é meu dever profissional, ético e moral repudiar quaisquer atos que possam influenciar negativamente nos casos em que eu atuo”, alegou.

O Globo


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