| 21 janeiro, 2022 - 08:32

AGU diz que diretor da Anvisa mente e defende pedido feito ao STF contra vacinação de crianças

 

O advogado-geral da União, Bruno Bianco, rebateu as críticas feitas nesta quinta-feira pelo diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Alex Campos , que acusou a Advocacia-Geral da União (AGU) de fomentar o “obscurantismo institucional” e um “golpe” contra o direito das crianças. Para Bianco, Campos mente e usa a Anvisa para se promover politicamente. Na

O advogado-geral da União, Bruno Bianco, rebateu as críticas feitas nesta quinta-feira pelo diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Alex Campos , que acusou a Advocacia-Geral da União (AGU) de fomentar o “obscurantismo institucional” e um “golpe” contra o direito das crianças. Para Bianco, Campos mente e usa a Anvisa para se promover politicamente.

Na quarta-feira, a AGU pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de qualquer campanha de vacinação contra a Covid-19 em crianças e adolescentes em desacordo com as diretrizes do Ministério da Saúde e as recomendações da Anvisa. Segundo a AGU, mais de 38 mil crianças e adolescentes podem ter recebido doses de fabricantes não recomendadas para sua faixa etária. Gestores locais, porém, apontam possíveis erros humanos no preenchimento de dados. A AGU pediu ainda que os estados prestassem informações sobre esses dados, o que foi atendido pelo ministro Ricardo Lewandowski , relator do caso no STF. Ele deu um prazo de 48 horas para isso.

Nesta quinta-feira, na sessão em que a Anvisa aprovou por unanimidade a autorização emergencial da vacina CoronaVac para crianças e adolescentes de 6 anos a 17 anos, Alex Campos criticou a AGU. O diretor da Anvisa qualificou a iniciativa da AGU de uma espécie de golpe ao início da vacinação das crianças, que já podem ser imunizadas com doses da Pfizer.

Em resposta, Bianco publicou um vídeo no Twitter para “repor a verdade” e “acabar de uma vez por todas com a mentira” de um diretor da Anvisa. O advogado-geral da União disse que, após a AGU receber dados oficiais sobre aplicação indevida, apontando prováveis equívocos na vacinação de crianças e adolescentes, foi feita uma petição para ser apresentada ao STF. Caso não tivesse feito nada, ele afirmou que estaria prevaricando.

— Tivemos conhecimento desses dados e levamos ao ministro para que os estados tenham a oportunidade de demonstrar à AGU, ao STF, ao governo federal e em última análise à sociedade, o que ocorreu. O que buscamos aqui: guarnecer, proteger, observar ao máximo a proteção integral à criança, para que nossas crianças sejam protegidas e para que não haja equívoco na aplicação das vacinas, justamente para que se cumpram as determinações da Anvisa, órgão em relação ao qual essa pessoa se aproveita para promoção política, e também as recomendações do Ministério da Saúde. É o que nós queremos em última análise. E assim foi feito — afirmou Bianco.

O Globo


Leia também no Justiça Potiguar

Comente esta postagem: