| 29 agosto, 2021 - 10:58

Juíza de GO simplifica sentenças e envia resumo ilustrado no WhatsApp

 

“Entendo que estão presentes os requisitos exigidos para a medida acautelatória, quais sejam, a plausibilidade do direito pleiteado, a verossimilhança entre o alegado e a tutela jurisdicional pretendida, bem como a demonstração de ocorrência de provável dano jurídico caso a medida não seja concedida atempadamente.” Os migalheiros bem sabem que os clientes, leigos em Direito,

“Entendo que estão presentes os requisitos exigidos para a medida acautelatória, quais sejam, a plausibilidade do direito pleiteado, a verossimilhança entre o alegado e a tutela jurisdicional pretendida, bem como a demonstração de ocorrência de provável dano jurídico caso a medida não seja concedida atempadamente.”

Os migalheiros bem sabem que os clientes, leigos em Direito, não têm a mínima ideia do que foi decidido no exemplo acima. 

O exemplo utilizado evidencia que o “juridiquês” não é nada fácil e, mesmo tentando escrever de uma maneira muito mais clara, a compreensão de algumas sentenças pode não ser simples.

Foi percebendo isso que a juíza de Direito Aline Tomás, da 2ª vara de Família de Anápolis/GO, criou o “Projeto #Simplificar”, a partir do qual a magistrada passou a transformar as sentenças homologatórias em pequenos resumos didáticos, enviados pelo WhatsApp.

Juíza ilustra sentenças para enviar às partes no WhatsApp.(IMAGEM: DIVULGAÇÃO/TJ-GO)

“Pela natureza da vara, que é de Família, eu percebo que as partes ficam em dúvida ao receberem a sentença, mesmo eu tentando evitar a utilização de linguagem jurídica complexa. Então, resolvi, ao final de todas as sentenças homologatórias, fazer um resumo ilustrado, tornando o Direito mais claro e compreensível às partes”, explicou a magistrada.

Segundo a juíza, cursos de Visual Law e Legal Design a ajudaram a trazer para a realidade da vara, o que estas técnicas já haviam mostrado serem úteis para o seu dia a dia.

“Então, criamos um layout padrão e para cada processo, desenvolvemos um conteúdo com imagens, cores e frases curtas, explicando os pontos principais do que foi decidido no processo e que realmente impactam na vida das partes”, contou ela, que apesar de ainda estar no início do projeto, tem recebido elogios de advogados e partes.

“Então, no Projeto #Simplificar, traduzimos a sentença em elementos visuais, de uma forma didática, democratizando o acesso à Justiça.”

Como funciona

Ao publicar a sentença no sistema do Tribunal, em tempo real, parte e advogado recebem no WhatsApp o resumo da sentença. Então, além de entender, ela pode guardar aquela informação e pode utilizar sempre que necessário. O resumo traz os interessados na questão, o número do processo e uma linha do tempo ilustrada com o conflito que levou à ação, com ícones simples e coloridos.

Num processo de partilha, por exemplo, a linha do tempo traz um coração simbolizando o início do relacionamento; as alianças, marcando o casamento; casa, carro e computador, indicando o patrimônio do casal e um coração partido representando o fim. Ao lado de uma gravura com um casal sentado à mesa, está o que foi decidido no acordo e, por fim, o que foi sentenciado pela juíza de forma bem simples.

Informações: TJ/GO.

“Entendo que estão presentes os requisitos exigidos para a medida acautelatória, quais sejam, a plausibilidade do direito pleiteado, a verossimilhança entre o alegado e a tutela jurisdicional pretendida, bem como a demonstração de ocorrência de provável dano jurídico caso a medida não seja concedida atempadamente.”Os migalheiros bem sabem que os clientes, leigos em Direito, não têm a mínima ideia do que foi decidido no exemplo acima. O exemplo utilizado evidencia que o “juridiquês” não é nada fácil e, mesmo tentando escrever de uma maneira muito mais clara, a compreensão de algumas sentenças pode não ser simples.Foi percebendo isso que a juíza de Direito Aline Tomás, da 2ª vara de Família de Anápolis/GO, criou o “Projeto #Simplificar”, a partir do qual a magistrada passou a transformar as sentenças homologatórias em pequenos resumos didáticos, enviados pelo WhatsApp.Juíza ilustra sentenças para enviar às partes no WhatsApp.(IMAGEM: DIVULGAÇÃO/TJ-GO)“Pela natureza da vara, que é de Família, eu percebo que as partes ficam em dúvida ao receberem a sentença, mesmo eu tentando evitar a utilização de linguagem jurídica complexa. Então, resolvi, ao final de todas as sentenças homologatórias, fazer um resumo ilustrado, tornando o Direito mais claro e compreensível às partes”, explicou a magistrada.Segundo a juíza, cursos de Visual Law e Legal Design a ajudaram a trazer para a realidade da vara, o que estas técnicas já haviam mostrado serem úteis para o seu dia a dia.“Então, criamos um layout padrão e para cada processo, desenvolvemos um conteúdo com imagens, cores e frases curtas, explicando os pontos principais do que foi decidido no processo e que realmente impactam na vida das partes”, contou ela, que apesar de ainda estar no início do projeto, tem recebido elogios de advogados e partes.“Então, no Projeto #Simplificar, traduzimos a sentença em elementos visuais, de uma forma didática, democratizando o acesso à Justiça.”Como funcionaAo publicar a sentença no sistema do Tribunal, em tempo real, parte e advogado recebem no WhatsApp o resumo da sentença. Então, além de entender, ela pode guardar aquela informação e pode utilizar sempre que necessário. O resumo traz os interessados na questão, o número do processo e uma linha do tempo ilustrada com o conflito que levou à ação, com ícones simples e coloridos.Num processo de partilha, por exemplo, a linha do tempo traz um coração simbolizando o início do relacionamento; as alianças, marcando o casamento; casa, carro e computador, indicando o patrimônio do casal e um coração partido representando o fim. Ao lado de uma gravura com um casal sentado à mesa, está o que foi decidido no acordo e, por fim, o que foi sentenciado pela juíza de forma bem simples.

Informações: TJ/GO

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