A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) cumpriu uma decisão judicial e esclareceu os motivos de a seleção não usar a camisa 24 em seu uniforme. Conforme a entidade, isso se deve às posições dos jogadores em campo e liberdade pessoal de escolha. A informação é do portal Esporte News Mundo.
“Em razão de sua posição (meio campo) e por mera liberalidade optou-se pelo número 25”, disse a entidade, se referindo ao meia Douglas Luiz.
“Como poderia ter sido 24, 26, 27 ou 28, a depender da posição desportiva do jogador convocado: em regra, numeração mais baixa para os defensores, mediana para volantes e meio campo, e mais alta para os atacantes”, completou a defesa da CBF.
Entenda
O Brasil é a única equipe que participa da Copa América que não usa o número 24. Na relação de inscritos, o goleiro Ederson usa o número 23. O seguinte da lista é o 25 do volante Douglas Luiz.
Por causa da pandemia de Covid-19, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) permitiu que neste ano cada equipe pudesse inscrever 28 atletas no torneio continental e distribuir a numeração livremente. O máximo permitido anteriormente era de 23 atletas.
Diferentemente do restante do mundo, existe um histórico de rejeição a essa numeração no futebol brasileiro por preconceito ao homem gay. O número 24 no Brasil está ligado ao jogo do bicho, no qual representa o veado, animal usado de forma pejorativa para ofender homossexuais no país.
Por causa disso, o grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT entrou com uma ação para a CBF justificar a falta do 24, acatada pelo juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro.
O Tempo