Nesta semana, a Crusoé traz outra reportagem exclusiva: a história de como o jovem filho do presidente do Superior Tribunal de Justiça se transformou num advogado de causas milionárias, sem precisar passar pelas mesmas etapas dos iniciantes na carreira.
Ele não é exceção, mas exemplo fulgurante do filhotismo que vigora em Brasília — e que beneficia os rebentos de magistrados de cortes superiores. Eles têm o melhor emprego do país.
Como descreve a reportagem da Crusoé:
“À diferença da maioria dos advogados recém-formados, eles não precisam fazer trabalhos pro bono nem negociar honorários abaixo da tabela da OAB.
Também não têm que se aboletar em escritórios de terceiros ganhando salários modestos para esquentar a barriga quase que diariamente nos balcões de tribunais.
Muito pelo contrário. Com pouco tempo de profissão, estacionam seus carros importados em mansões onde funcionam suas próprias bancas e faturam alto, bem alto, muitas vezes em razão apenas do sobrenome que carregam.
Com o vaivém de ministros nas cortes superiores de Brasília, de tempos em tempos os integrantes desse clube seleto mudam, mas o fenômeno do filhotismo é parte integrante da paisagem e suas estrelas são filhos das excelências de toga que, mesmo sem larga experiência, costumam ser contratados a peso de ouro para atuar em disputas bilionárias nas cortes onde seus pais despacham.”
O Ministério Público investiga o caso do filho do presidente do STJ e também outros semelhantes, mas curiosamente os processos não andam como deveriam.