| 1 outubro, 2020 - 19:22

Delegado algema mãos e pés de advogado que não calou a boca

 

A OAB no Distrito Federal está indignada com o tratamento dado por um delegado de Polícia Civil a um advogado. Por alegação de desacato à autoridade — no caso, o próprio delegado —, um advogado do DF que atuava na cidade de Planaltina foi preso na semana passada por “não calar a boca”. Colocado em

Prisão e algemas
Ilustrativa

A OAB no Distrito Federal está indignada com o tratamento dado por um delegado de Polícia Civil a um advogado.

Por alegação de desacato à autoridade — no caso, o próprio delegado —, um advogado do DF que atuava na cidade de Planaltina foi preso na semana passada por “não calar a boca”. Colocado em uma cela junto com outro detido, teve os pés e as mãos algemados enquanto estava encarcerado.

As algemas só foram retiradas após a chegada de representantes da OAB-DF à delegacia, mas o advogado foi solto apenas depois de registrada a ocorrência.

Segundo a OAB, os moldes da prisão afrontam as prerrogativas constitucionais da advocacia e atentam contra os direitos de qualquer cidadão brasileiro.

Advogados do DF farão, nesta sexta-feira, um protesto contra a ação do delegado no caso.

(Atualização, às 18h40. Em nota, a Polícia Civil do DF diz que o advogado foi indiciado por desacato. A corporação alega que ele acompanhava uma oitiva, sem ser o titular da causa, e “apontou o dedo em riste para o policial e passou a desacatá-lo e ameaçá-lo”. A polícia ainda diz que foi “necessário contê-lo” porque ele passou a oferecer risco à integridade dos policiais). 

Lauro Jardim, O Globo


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