| 30 setembro, 2020 - 14:42

Cotado ao STF, Nunes já disse que prisão em 2ª instância não é ‘automática’

 

Cotado para ocupar a vaga do ministro Celso de Mello no STF (Supremo Tribunal Federal), o desembargador federal Kassio Nunes Marques, 48, já defendeu que a decretação de prisão após condenação em segunda instância não seria obrigatória. O tema é sensível a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem cabe a escolha do indicado para o STF.

Cotado para ocupar a vaga do ministro Celso de Mello no STF (Supremo Tribunal Federal), o desembargador federal Kassio Nunes Marques, 48, já defendeu que a decretação de prisão após condenação em segunda instância não seria obrigatória.

Reprodução

O tema é sensível a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem cabe a escolha do indicado para o STF. Historicamente, os eleitores de Bolsonaro têm apoiado medidas de maior rigor na punição a criminosos.

Em entrevista concedida em 2018 ao site Consultor Jurídico, Marques disse entender que a decisão do STF que à época autorizava a prisão em segunda instância não obrigava ao encarceramento automático de todos os condenados nessa fase do processo.

“Ao meu sentir, o Supremo autorizou que os tribunais assim procedam, mas não os compeliu a assim proceder. O recolhimento ao cárcere não é um consectário lógico que prescinda de decisão fundamentada e análise das circunstâncias de cada caso. Há a necessidade de a ordem ser, além de expressa, fundamentada”, disse o desembargador.

“Diante das circunstâncias do caso concreto, os julgadores podem adotar ou não a medida constritiva de liberdade. Podem entender que não seria o caso de recolhimento em um determinado caso, mas não de forma discricionária, e muito menos automática e jamais não revestida da devida fundamentação”, afirmou Nunes ao Conjur.

UOL


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