| 17 agosto, 2020 - 13:30

Mais pobres preferem suportar um prejuízo financeiro a entrar na Justiça, diz pesquisador

 

Consultor jurídico da entidade Educafro e do movimento liberal Livres, Irapuã Santana, 33, contesta em sua tese de doutorado a ideia de que os brasileiros têm grande disposição para entrar na Justiça. A pesquisa de seu trabalho acadêmico pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), que teve a orientação do ministro Luiz Fux (STF),

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Consultor jurídico da entidade Educafro e do movimento liberal Livres, Irapuã Santana, 33, contesta em sua tese de doutorado a ideia de que os brasileiros têm grande disposição para entrar na Justiça.

A pesquisa de seu trabalho acadêmico pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), que teve a orientação do ministro Luiz Fux (STF), mostra que mesmo as pessoas com renda de até um salário mínimo preferem arcar com um prejuízo de até R$ 1.000 a buscar a Justiça para serem ressarcidas.

Em entrevista à Folha, o pesquisador fala sobre o fato de sua pesquisa indicar baixo grau de confiança no sistema da Justiça do país. Segundo ele, além da lentidão para a solução das causas, a população percebe no dia a dia muitas decisões conflitantes.

“O Judiciário não pode dar duas respostas antagônicas para uma mesma situação”, afirma Irapuã.
Integrante da primeira turma de cotistas negros da Uerj, o procurador defende a instituição desse mecanismo de inclusão social nas fases iniciais dos concursos para juiz e critica a falta de diversidade no Judiciário.

Procurador do município de Mauá, na Grande São Paulo, Irapuã discorda daqueles que criticam o aumento do número de faculdades de direito no Brasil. Segundo o pesquisador, “a gama de atividades no direito é muito grande e pode absorver os profissionais que façam valer o esforço próprio”.

Folha de S. Paulo


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