| 1 junho, 2020 - 08:39

Celso de Mello compara Brasil à Alemanha de Hitler e diz que bolsonaristas ‘odeiam a democracia’

 

Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Celso de Mello enviou a colegas ministros em um grupo de WhatsApp uma mensagem de texto em que compara o Brasil à Alemanha comandada por Adolf Hitler, lembrando que eleito pelo voto popular “não hesitou em romper” e afirmou que “bolsonaristas odeiam a democracia” e almejam instaurar

Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Celso de Mello enviou a colegas ministros em um grupo de WhatsApp uma mensagem de texto em que compara o Brasil à Alemanha comandada por Adolf Hitler, lembrando que eleito pelo voto popular “não hesitou em romper” e afirmou que “bolsonaristas odeiam a democracia” e almejam instaurar no Brasil “uma abjeta ditadura militar”. O ministro também diz ser “preciso resistir à destruição da ordem democrática”.

Reprodução

Celso de Mello disparou a mensagem aos colegas às vésperas de uma manifestação que ocorreu neste domingo na praça em frente ao Supremo. O presidente Jair Bolsonaro fez questão de ir ao Palácio do Planalto cumprimentar os manifestantes que apoiavam seu governo e criticavam o STF e o Congresso Nacional. Após os cumprimentos, Bolsonaro montou em um cavalo da Polícia Militar, deu volta na frente do Planalto, e deixou a manifestação no comboio de veículos presidenciais. 

Está nas mãos do ministro Celso de Mello a relatoria do inquérito que investiga as acusações de que Bolsonaro tentou intervir politicamente na Polícia Federal. As denúncias foram feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro ao deixar o cargo.

Na mensagem aos colegas, o ministro, que deixará a Corte ao completar 75 anos em novembro, diz que “guardadas as proporções, o ovo da serpente, à semelhança do que ocorreu na República de Weimar (1919-1933), parece estar prestes a eclodir no Brasil! É preciso resistir à destruição da ordem democrática, para evitar o que ocorreu na República de Weimar quando Hitler, após eleito pelo voto popular e posteriormente nomeado pelo presidente Paul von Hindenburg , em 30/01/1933 , como chanceler (primeiro ministro) da Alemanha (“Reinchskanzler”), não hesitou em romper e nulificar a progressista, democrática e inovadora constituição de Weimar, de 11/08/1919”. 

O Globo


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