O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro comentou em uma rede social, nesta sexta-feira (22), a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril.
“A verdade foi dita, exposta em vídeo, mensagens, depoimentos e comprovada com fatos posteriores, como a demissão do Diretor Geral da PF e a troca na superintendência do RJ. Quanto a outros temas exibidos no vídeo, cada um pode fazer a sua avaliação”, publicou Moro.
A gravação da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão e outras 23 autoridades foi tornada pública nesta sexta por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello. Apenas dois trechos com citações a outros países foram mantidos em sigilo.
O inquérito da Polícia Federal foi aberto após Sergio Moro pedir demissão do cargo, em 24 de abril, e declarar que o presidente Jair Bolsonaro tinha tentado interferir na Polícia Federal.
Em depoimento, já com o inquérito autorizado pelo STF, Moro afirmou que, na reunião agora tornada pública, Bolsonaro fez pressão por trocas na direção-geral da PF e na superintendência da corporação no Rio de Janeiro.
O objetivo, segundo o depoimento de Moro, era obter informações e relatórios de inteligência sobre investigações em andamento.
No vídeo, Bolsonaro cita a PF e essas informações em dois trechos. Em um, ele diz: “Não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações”.
G1