Procuradora instaura procedimento para que a UFRN informe motivos da ausência de aulas online durante pandemia

A procuradora da República, Clarisier Morais instaurou uma notícia de fato direcionada a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para informar o não cumprimento da portaria 343 do Ministério da Educação que incluiu a possibilidade de realização de aulas em ambiente virtual, em substituição as aulas presenciais, em virtude da pandemia do coronavirus.

A procuradora cita exemplos de várias universidades que têm utilizado a tecnologia, porém questiona a UFRN que suspendeu as aulas presenciais em 17 de março e não ofertou a continuidade dos cursos em ambiente virtual.

“A UFRN já se vale, há algum tempo, do uso de ferramentas como o SIGAA na comunicação com os alunos, o qual é de uso obrigatório para a realização da comunicação UNIVERSIDADE – ALUNO, de modo que também poderia ser utilizado para o envio de aulas e atividades por vídeo ou texto; que não há uma indicação específica de dificuldades a serem suplantadas, qual o percentual dos alunos que possuem essas dificuldades, e sua especificação curso a curso; que em uma situação de franca depressão
econômica, o avanço curricular desses alunos, muitos deles humildes, poderá significar ter ou manter uma atividade profissional autônoma em menor tempo do que se não tiverem acesso a educação formal”, apontou a procuradora.