O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que apenas os diálogos entre Jair Bolsonaro e o ex-ministro Sérgio Moro na reunião do presidente com ministros do primeiro escalão, realizada em 22 de abril, devem ser divulgados. O restante do encontro, de acordo com o procurador-geral, pode conter temas sensíveis e deve ser descartado.
“A rigor, só interessa ao inquérito partes referentes a diálogos travados entre o presidente da República e o ex-ministro Sérgio Moro”, disse Aras ao programa Canal Livre, da Band, na madrugada desta segunda-feira, 11. “Assuntos estranhos a essa interlocução devem ser dispensados, porque imagina-se que possa haver conversas que envolvam até questões de soberania nacional”, completou.
“A rigor uma reunião de ministros de Estado pode vir a criar embaraços não só internos, mas também nas relações internacionais. Creio que a lógica seria que nós pudéssemos cronometrar apenas os pontos referentes aos diálogos entre o presidente e o ex-ministro”, disse. Aras afirmou que o inquérito, que foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, não deve durar muito tempo.
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