| 28 março, 2020 - 09:31

Servidores da Justiça indignados com a AMARN

 

A indignação dos servidores, diante da publicação do magistrado nas suas redes sociais é devido ao juiz ter puxando para si, a responsabilidade de produção de todo judiciário nesse momento de pandemia.

Os Servidores do judiciário do Rio Grande do Norte enviaram mensagens, na noite desta sexta-feira, 27, para o site JUSTIÇA POTIGUAR, indignados com a publicação nas redes sociais, do juiz Herval Sampaio, atual presidente da Associação dos Magistrados do Rio Grande do Norte (AMARN) e vice-presidente de Integração da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB). Na postagem, o juiz publicou um fly, propaganda digital, com os números da produção do Judiciário do Estado, e escreveu: “Muito orgulho de lidera o associativismo potiguar nesse momento em que mostramos à sociedade e ao Tribunal o nosso valor, certeza nos próximos dias de trabalho remoto, pela pandemia, avançaremos ainda mais em nossa produtividade”.

A indignação dos servidores, diante da publicação do magistrado nas suas redes sociais, acima citada, é devido ao juiz ter puxando para si, a responsabilidade de produção de todo judiciário nesse momento de crise do coronavírus, através do trabalho remoto, e ter excluído a participação dos servidores, que são os responsáveis pela linha de frente para que o trabalho seja realizado. Afinal, são os servidores que estão se arriscando, pois estão indo trabalhar presencialmente nas Varas, enquanto alguns juízes estão trabalhando de suas casas.

O Juiz Herval Sampaio ainda está usando os números para fazer propaganda da AMARN, dados que segundo ele são relativos aos juízes, e não a produção da justiça como um todo.

Os servidores, não se eximiram da responsabilidade pelas críticas feitas, e usaram suas redes sociais para enviar seus comentários e as mensagens por direct, e estão revoltados por serem excluídos, e terem os seus trabalhos desvalorizados no momento em que arriscam as suas vidas e a vida das suas famílias para desempenharem seu trabalho em favor da Justiça do Rio Grande do Norte, mas os mesmo, vêem essa justiça desprezando e desconhecendo totalmente o valor desses servidores ao mencionar como se fossem os juízes que fizessem o trabalho sozinhos.

Um dos servidores ainda disse ao JP, “sabia que a Excelência gostava de aparecer, mas evocando para si e sua Associação o trabalho de todo um judiciário não”


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