A Procuradoria-Geral da República (PGR) lançou nesse sábado (21), por meio do Gabinete Integrado de Acompanhamento à Epidemia Covid-19 (Giac-Covid-19), a Estratégia Sistêmica, Intersetorial e Colaborativa de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério Público brasileiro para Resposta Emergencial à Epidemia da covid-19. A iniciativa é inspirada na experiência colaborativa desenvolvida durante a epidemia da zika, em 2015, entre o Ministério Público Federal e as entidades do setor tecnológico público e privado de Pernambuco.
A estratégia é marcada pela cooperação técnica entre a PGR, o Porto Digital (NGPD) e o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), articuladores em CT&I, e o Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami, da Universidade Federal de Pernambuco (Lika/UFPE), articulador em saúde global, para o desenvolvimento e implementação, em curtíssimo prazo, de soluções tecnológicas sistêmicas de largo impacto, para o controle e a prevenção da epidemia da covid-19. Aberto à adesão de outras entidades, o acordo visa oferecer apoio ao esforço nacional do Ministério da Saúde e de outros órgãos estaduais e municipais, que integram o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde.
Entre as frentes de atuação que serão viabilizadas a partir do acordo está a aplicação de estratégia de ciência, tecnologia e inovação para resposta emergencial à epidemia da covid-19; mobilização de recursos públicos e privados; articulação com as iniciativas de CT&I do Ministério Público brasileiro, em especial com a parceria do Ministério Público do Estado de Pernambuco (MP/PE) e Porto Digital. Também está prevista articulação com entidades do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI); e demais entidades dos polos, ecossistemas e redes de CT&I, do país e do exterior, e fomento de rede intersetorial de colaboração de entidades dos setores público, acadêmico, privado e da sociedade civil.
Além da cooperação em 2015, o ecossistema de CT&I de Pernambuco acumula experiência e reconhecimento nacional e internacional, em vigilância epidemiológica digital e colaborativa. Entre as iniciativas que já utilizaram a expertise construída no estado estão o sistema Flunearyou.org (Boston Children’s Hospital/Harvard Medical School Teaching Hospital), e os aplicativos Saúde, na Copa 2014, e Guardiões da Saúde, nas Olimpíadas 2016, ambos do Ministério da Saúde. Essa expertise tecnológica motivou, no ano passado, a mobilização, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), de cientistas pernambucanos para enfrentamento das epidemias decorrentes de desastre natural no Malawi, África.
MPF/ PGR