Na semana em que se completa um ano da tragédia em Brumadinho, o MP/MG denunciou nesta terça-feira, 21, 16 pessoas por homicídio e crimes ambientais, além da própria Vale e da alemã Tüv Süd por crimes contra o meio ambiente. Entre os denunciados está o ex-presidente da Vale Fabio Schvartsman.
Em 25 de janeiro do ano passado, o rompimento da barragem de rejeito de minério da Vale, na mina Córrego do Feijão, matou 270 pessoas e deixou um imenso rastro de destruição.
Com o início da tramitação da ação penal, o MP/MG terá colocado em juízo ações relativas aos três eixos de sua atuação – socioambiental, socioeconômico e criminal.
Durante coletiva de imprensa da apresentação da denúncia, o parquet mineiro e a Polícia Civil apontaram que o conjunto de ações e omissões dos ora denunciados acabararam demonstrando que assumiram o risco de resultado que acabou ocorrendo.
Com relação ao ex-Ceo da Vale, o parquet afirmou que assumiu “riscos inaceitáveis” com o foco de manter a reputação da mineradora, atuando “para criar a falsa impressão de segurança da Vale”, inclusive com “declarações falsas técnicas e corporativas”.
A promotoria mineira explicou que o rompimento da barragem ocorreu por um problema de liquefação e que “ao menos desde novembro de 2017 era amplamente conhecido, discutido e calculado, dentro da empresa Vale, com apoio técnico da alemã Tüv Süd, os riscos inerentes da liquefação e erosão interna – risco que se concretizou em 25 de janeiro de 2019“.
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