| 21 janeiro, 2020 - 07:25

MPF pede ao MEC que suspenda Sisu até correção de falhas no Enem

 

Procuradoria pede ainda que o órgão informe, em até 24 horas, o que provocou a falha na correção

SÃO PAULO – A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal (MPF), enviou ofício ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, solicitando que a abertura do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) seja suspensa até que as falhas na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 estejam solucionadas. O pedido foi feito na noite desta segunda-feira, 20, pouco depois de o ministro afirmar que identificou o erro em 6 mil provas e que iniciará nesta terça-feira, 21, as inscrições para o Sisu. 

Até as 20h40, o Ministério da Educação (MEC) não se manifestou sobre o pedido. 

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 ocorreu nos dias 3 e 10 de novembro

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 ocorreu nos dias 3 e 10 de novembro Foto: Felipe Rau/Estadão

Segundo a procuradoria, o pedido busca evitar que as “inconsistências na correção do Enem, já admitidas pelo MEC, venham a prejudicar milhares de estudantes” que tentam uma vaga nas universidades e institutos federais do País pelo sistema. O Sisu utiliza os resultados do Enem para o acesso dos estudantes a instituições públicas de ensino superior de todo o País.

Além da suspensão, a procuradoria também solicitou ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela prova, que informe em até 24 horas o que provocou a falha na correção das provas. 

Correção

O MEC afirmou que fez uma rechecagem de todas as 3,9 milhões de provas do Enem de 2019 para verificar se foram devidamente corrigidas. “Pegamos os quase 4 milhões de participantes e corrigimos as provas deles com todos os gabaritos possíveis e calculamos todas as proficiências possíveis. Nós olhamos todas as situações em que poderia ter algum tipo de modificação de nota”, disse o presidente do Inep, Alexandre Lopes.

Segunda o governo federal, 95% das 6 mil provas com problemas na correção estavam em quatro cidades, três de Minas Gerais (Viçosa, Ituiutaba e Iturama) e uma da Bahia (Alagoinhas). A maioria dos erros ocorreu no segundo dia de provas, quando os candidatos resolveram as questões de Matemática e Ciências da Natureza. 

Estadão


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