| 16 dezembro, 2019 - 10:07

Advogado preso em Operação no TJ-BA repassou R$ 112,5 milhões, diz MPF

 

Acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser operador financeiro da própria sogra no esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia

Reprodução

Documentos encontrados pela Polícia Federal durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do advogado Márcio Duarte, preso pela Operação Faroeste, apontam para repasses suspeitos que totalizam R$ 112,5 milhões. Acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser operador financeiro da própria sogra no esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) – a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, também presa -, Duarte mantinha em casa um talão de cheques do Banco Santander, com todas as folhas assinadas em nome da empresa BS Transportadora. A descoberta, de acordo com a denúncia do MPF, causou “estranhamento” aos investigadores da Faroeste.

Joia rara
Nas buscas realizadas contra Márcio Duarte, a PF achou ainda um laudo pericial de pedra preciosa de 2,31 quilos, com certificado de autenticidade, avaliada em US$ 970,2 mil. Segundo o MPF, a gema “pode estar em seu poder e servir para ocultar ativos do crime”.

Segredos do passado
Relatos feitos a juristas baianos podem melar a eventual nomeação de um dos cotados a virar desembargador no pacote de vagas abertas no TJ. O caso envolve conhecida família de empresários, cujo imóvel de alto valor foi leiloado para quitar dívidas trabalhistas. Então representante dos empresários na ação, o candidato ao TJ teria agido contra os clientes para favorecer interessados em arrematar o imóvel. Até agora, a família resiste a expor o caso, já que fecharam acordo informal para não denunciá-lo por patrocínio infiel, tido como o mais grave crime da advocacia.

Calendário esticado
Apesar das proibições impostas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por causa de gastos com pessoal acima do limite máximo permitido pela legislação, o governador Rui Costa (PT) sancionou a lei que estende a permanência de servidores temporários contratados por meio do Reda. Aprovada anteontem pela Assembleia Legislativa e chancelada no mesmo dia por Rui, a lei eleva de dois para três anos o prazo inicial de validade dos novos contratos, prorrogáveis pelo mesmo período. Com isso, funcionários selecionados via Reda poderão trabalhar por até seis anos no governo – dois a mais que antes.

Linha de ataque
O secretário de Desenvolvimento e Urbanismo de Salvador, Sérgio Guanabara, pediu apoio ao prefeito ACM Neto (DEM) para tentar revogar a portaria do Iphan que criou proibições em série a empreendimentos, intervenções urbanísticas e ações de publicidade na Barra. Para convencê-lo, disse que a medida, baixada pela ex-presidente do Iphan Kátia Bogéa às vésperas de sua demissão, atropela a competência legal do município sobre a área.

Irmãos na fé
O deputado estadual Marcelo Veiga (PSB) provocou recentemente risos na Casa ao aderir à cruzada contra o polêmico especial de Natal do grupo Porta dos Fundos. Disse que, assim como o deputado José de Arimateia (Republicanos), também cancelaria a assinatura na Netflix por exibir o programa.

Portal Correio


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