| 26 outubro, 2019 - 08:30

Seminário Trabalho Seguro discute formas de superação das violências no trabalho

 

O encontro encerra as atividades deste ano do programa Trabalho Seguro no Rio Grande do Norte

Magistrados, servidores, estudantes e profissionais da área de saúde e segurança do trabalho se reuniram no auditório da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) mais uma edição  do Seminário Trabalho Seguro.

O encontro encerra as atividades deste ano do programa Trabalho Seguro no Rio Grande do Norte e teve como tema as Violências no Trabalho: Enfrentamento e Superação.

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A programação foi aberta pelo desembargador José Barbosa Filho, e presidente do Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde dos Magistrados e Servidores do TRT-RN, que destacou a importância de se discutir conscientização e prevenção de acidentes.

“Aqui, teremos oportunidade de ouvir especialistas no assunto que vão contribuir para aperfeiçoar nosso conhecimento e vivências na busca por um meio ambiente de trabalho melhor e mais seguro”, pontuou o magistrado.

José Barbosa Filho explicou que existem diversas as formas possíveis de violências no trabalho, que vão “além de agressões físicas ou verbais e se manifesta de varias formas”.

Para ele, essa violência “pode ser horizontal, quando ocorre entre colegas de mesma função, ou vertical quando é realizada de forma institucional, a partir de decisões da empresa”, explicou o desembargador.

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Representantes do TRT-RN e do Serviço Social da Indústria (SESI) no Rio Grande do Norte firmaram um Termo de Cooperação Técnica que vai garantir uma parceria entre as instituições para ações de conscientização da prevenção dos acidentes de trabalho.

Gontran Costa de Azevedo, representante da superintendência do SESI RN, assinou o documento. 

“Com a adesão, o SESI passa a ser mais um parceiro do programa Trabalho Seguro no Rio Grande do Norte e faremos ações em prol da segurança e saúde do trabalho no estado, a exemplo de cursos para empregados e empregadores”, comemorou a juíza do trabalho e gestora regional do Trabalho Seguro, Simone Jalil.

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DEBATES

As exposições dos especialistas foram abertas pelo professor da Universidade Federal de Pernambuco (UPE), especialista em segurança do trabalho, Beda Barkokebas Júnior, que analisou as Novas modalidades de contratação e a revolução nos espaços de trabalho-custo do acidente.

“O primeiro dever do negócio é sobreviver, tendo lucro, mas não pode deixar de lado a segurança. Evitar um acidente custa muito pouco e suas conseqüências atingem a todos: empresa, trabalhador, família e sociedade”, alertou o especialista.  

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Barkokebas Júnior observa que um acidente não é resultado de uma causa isolada e sim de multicausas. Para preveni-lo, “é preciso identificar os riscos, sensibilizar e conscientizar para os perigos, avaliar e medir as situações, além de controlar e corrigir os erros”.

O professor ainda chamou atenção para a necessidade de sempre humanizar o processo de análise e prevenção.

“Podemos dizer que um interruptor foi fabricado para suportar certa quantidade de acionamentos antes da sua quebra, mas com o ser humano não podemos tirar médias. O fator humano deve ser sempre considerado”, garantiu.

Para Beda Barkokebas Júnior, a diferença está no conhecimento e na conscientização, pois “formação e informação são as bases da prevenção dos acidentes de trabalho. As empresas devem manter programas de segurança para controle de riscos e proteção de todos”, completou.

Sobre as formas de violência no trabalho, o especialista alertou para a marginalização do acidentado.

“Após um acidente, além da dor física, de uma conseqüência na saúde, o trabalhador fica marcado também por apelidos. Certa vez, perguntaram por uma pessoa chamada Pedro, mas ninguém sabia quem era, pois todos o conheciam como caolho”, lamentou o professor.   

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O Seminário Trabalho Seguro 2019 foi encerrado com um painel presidido pelo juiz do trabalho e gestor regional do Trabalho Seguro, Alexandre Érico Alves, sobre as Novas Modalidades de Trabalho. Reflexos na Saúde Física e Mental do Trabalhador.

Na oportunidade, o engenheiro de segurança do trabalho, Pedro Rosas, falou sobre Mentalidade Segura como agente redutor de acidentes e o desembargador do TRT-CE, Francisco José Gomes da Silva, fez uma exposição sobre O Novo Mundo do Trabalho e a Legislação.

O painel foi encerrado com um debate sobre As Novas relações de Trabalho, o desgaste mental do trabalhador e os transtornos mentais decorrentes do trabalho com o psicólogo Jorge Tarcísio da Rocha Falcão.


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