O Ministério Público Eleitoral contará com dois novos representantes junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN). Os procuradores da República Caroline Maciel e Ronaldo Sérgio Chaves Fernandes assumirão a partir desta terça-feira (1º), respectivamente, as funções de procuradora regional eleitoral e procurador regional eleitoral substituto, para o biênio 2019-2021. A procuradora Cibele Benevides, que chefiava o MP Eleitoral, participou de sua última sessão plenária no tribunal na quinta-feira, dia 26.
Cibele Benevides agora será a procuradora-chefe da Procuradoria da República no RN, tendo como substituto o procurador da República Victor Mariz. Primeira mulher a assumir esse cargo na Justiça Eleitoral no Rio Grande do Norte, ela se despediu com um discurso agradecendo aos colegas da corte e aos servidores do TRE e do Ministério Público e reforçou a luta para que o público feminino possa conquistar um mundo cada vez mais igualitário.
“Posso afirmar que ter sido a primeira procuradora regional Eleitoral mulher no TRE-RN foi possível, mas nunca fácil. Sei que ainda existem barreiras e discriminações ali fora, quase sempre inconscientes. Para construirmos o futuro que visualizo, precisamos assegurar que mulheres e homens compreendam as lutas de suas avós e mães, e que as mulheres gozem de oportunidades iguais, salários iguais e respeito igual”, destacou, enfatizando que não se pode admitir preconceitos no século XXI.
O presidente do TRE/RN, desembargador Glauber Rêgo – juntamente com outros juízes da corte -, agradeceu à procuradora pelo trabalho realizado. “Além de possuidora de elevada sabedoria intelectual, sempre foi uma parceira do TRE-RN, em vários sentidos. A ideia da ocupação de espaços da nossa instituição com cultura, através de exposição de artes e doação de obras, teve a colaboração dela”, reconheceu.
Ele enfatizou ainda a iniciativa de Cibele Benevides em instalar a primeira galeria de ex-procuradores regionais eleitorais e afirmou: “Um exemplo que demonstra a grandeza do trabalho realizado por Cibele foi a referência feita ao seu nome pelo ministro Edson Fachin na sessão da mais elevada corte do nosso país”, referindo-se ao julgamento de um dos mais importantes processos da Operação Lava-Jato, no qual o ministro do STF sustentou o voto fazendo menção ao livro “Colaboração Premiada”, de autoria da procuradora da República.