| 12 agosto, 2019 - 15:40

CASO DO ATROPELAMENTO EM GOSTOSO: Foi oferecida denúncia-crime contra o promotor Sidharta John Batista, da Comarca de Goianinha

 

Acidente aconteceu durante o feriado do Dia de Finados em novembro do ano passado, na praia de São Miguel do Gostoso, litoral norte do Estado; médico morreu após 15 dias no hospital

O médico e o promotor
Foto: Divulgação

O inquérito policial que investigava a causa da morte do médico paraibano Ugo Lemos Guimarães, causada por um atropelamento do promotor de Justiça da comarca de Goianinha, Sidharta John Batista, que estava com a Polícia Civil e foi repassado para o o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN), agora está nas mãos do Tribunal de Justiça do Estado. De acordo com a assessoria de comunicação do MP-RN, foi oferecida denúncia-crime contra o promotor.

Agora, o processo corre em segredo de justiça e ninguém anda sabe quando o promotor será julgado por homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar. O acidente que envolveu o promotor e o médico aconteceu na praia de São Miguel do Gostoso, litoral norte do Estado, no feriado do Dia de Finados do ano passado. O promotor perdeu o controle do quadriciclo e atropelou o médico Ugo Lemos Guimarães, que sofreu uma série de fraturas. O médico ainda passou por três cirurgias – uma em Natal e outras duas já em João Pessoa, cidade onde morava. Ele foi a óbito no dia 19 de novembro – 15 dias após o acidente.

Notícias da época apontam que o promotor Sidharta John Batista dirigia o quadriciclo e sequer prestou socorro a vítima. O promotor negou que estivesse sob efeito de álcool e disse, ainda, que prestou socorro ao médico. Ele também esclareceu, naquela ocasião, que se mobilizou para levar o médico ao hospital mais próximo. “Perdi o controle do quadriciclo”, esclareceu. O promotor destacou que, após o acidente, passou a sofrer crises de pânico, além de problemas cardíacos. o médico Ugo Lemos Guimarães teve fraturas nas mãos, na face e na coluna cervical.

O promotor também contou que procurou a família da vítima por meio de um interlocutor no Hospital Walfredo Gurgel, para prestar a assistência que pudesse. Para sua surpresa, foi consolado pelo filho da vítima. “Ele se mostrou alguém extremamente iluminado. Contou o quadro de evolução do pai e refletiu sobre o que esses eventos significavam para a vida do pai”, disse John, que também tomou o questionamento para si. “Isso chama para uma reflexão. Você pode ver como pode causar dor às outras pessoas, mesmo que culposamente, mas reaviva minha reflexão de vida, que é de se colocar no lugar do próximo”, declarou o promotor.

Justiça Potiguar


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