Contrariando determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) da última sexta-feira, 22, empregados da Petrobras, liderados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), cruzaram os braços em greve nesta segunda-feira, 25, um movimento programado para se estender por cinco dias.
Em represália, a empresa recorreu mais uma vez à Justiça. Dessa vez, pedindo que o tribunal imponha multas ainda mais elevadas e punições mais rígidas, reivindicação acatada pelo ministro Ives Gandra, que classificou a paralisação como “afronta”.
Apesar da imposição de penalidades mais rígidas pela Justiça, os sindicalistas se reuniram no início da noite, logo após a divulgação da decisão do tribunal, e decidiram manter a greve.
Gandra, hoje, determinou a suspensão das mensalidades pagas pelos empregados para sustentar os sindicatos até que seja alcançado o valor das multas. Determina também o bloqueio de R$ 2 milhões das contas dos 13 sindicatos envolvidos na greve e da FUP.
A última vez que a Justiça autorizou um bloqueio desse tipo foi na greve de 1999, a única em que houve desabastecimento de combustível. Na paralisação desta semana, no entanto, os sindicatos garantiram que o atendimento à população estaria garantido.
Estadão