Um câncer maligno no intestino engoliu a rotina de uma pensionista de baixa renda. Dedicada antes à criação de galinhas e à plantação de roça no sertão nordestino, Maria Antônia Pulucena de Sousa, de 54 anos, agora vive acamada, com dores severas, aliviadas só com injeção de morfina, na capital goiana, para onde se mudou em busca de tratamento.
Ela aguarda o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir sobre o pedido de tratamento com Lanreotida Gel, que deve usar por período indeterminado e custa R$ 4 mil por mês, mas não é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Corte informou ao Metrópoles que “não há prazo” para julgar o caso, apesar de a lei definir que doentes graves têm prioridade na tramitação de processos.
“Tenho muito medo de ficar aqui, prostrada, morrendo aos poucos, em cima da cama, sem nem eu nem ninguém poder fazer nada”, desabafa Maria Antonia, aos prantos, com as mãos pressionando a região do abdômen por causa de dores intensas.
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