
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) participou, nesta segunda-feira (24/11), da abertura do IV Encontro Nacional dos Centros de Inteligência do Poder Judiciário, realizado na capital potiguar. O evento contou com a participação de desembargadores, magistrados e servidores de todo o país, reunindo representantes da Justiça Estadual, Federal, do Trabalho e Eleitoral em uma ampla programação voltada à integração, à cooperação e à inovação na gestão judiciária.
O primeiro dia do encontro foi dedicado a dois eixos que vêm mobilizando o sistema de Justiça: o uso da tecnologia, especialmente a inteligência artificial, e o enfrentamento da litigância abusiva.
Entre os destaques da programação, esteve o painel intitulado “Tecnologia e Inteligência Artificial aplicadas à Inteligência Judicial”, conduzido pelo juiz auxiliar da presidência do TJRN, Diego Cabral (@diegoacabral).
Em sua apresentação, o magistrado demonstrou o Painel de Acompanhamento de Litigância Predatória – Crivo, iniciativa desenvolvida pela Secretaria de Tecnologia da Informação do TRJN (Setic) em parceria com o seu Laboratório de Inovação (PotiLab). A solução permite identificar, de forma mais ágil e precisa, ações potencialmente enquadradas como litigância predatória.

“O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, por meio da Setic, está na vanguarda dos tribunais no lançamento de soluções de IA. Temos ferramentas de IA generativa, mapeamento de dados e clusterização, que auxiliam tanto o trabalho cotidiano das unidades quanto a alta gestão na tomada de decisões estratégicas”, afirmou Diego Cabral.
O juiz auxiliar da Presidência ainda observou que, embora muitas vezes se fale em tecnologia como algo voltado ao futuro, as ferramentas apresentadas já estão disponíveis e podem ser utilizadas amplamente. “Não há discriminação, não há uma limitação. Qualquer unidade judicial pode ser favorecida por essas soluções”, salientou.
Ao comentar a relevância da iniciativa, o juiz Diego Cabral destacou o papel da cooperação entre os diferentes segmentos de Justiça.
“Trata-se de um evento nacional que reúne tribunais de diversas regiões e ramos do Judiciário, formando uma inteligência coletiva composta por profissionais altamente capacitados. A troca de experiências permite que soluções pensadas em um contexto sejam replicadas em outros. Quando se fala em inteligência judicial e tratamento adequado das demandas, a palavra-chave é cooperação. Mesmo com competências distintas, os segmentos podem e devem atuar de maneira colaborativa. Ao aproximar todos esses tribunais, o encontro possibilita pensar soluções aplicáveis em todo o país”, concluiu.
Fonte: TJRN